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Dólar e Ibovespa sobem, olho no Fed e na crise Brasil-EUA

Nesta terça-feira (22), o dólar disparou, com alta de 0,33%, chegando a R$ 5,5827 por volta das 11h. Ao mesmo tempo, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, subiu 0,59%, atingindo 134.953 pontos. A expectativa? Discursos do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, e novos dados econômicos dos EUA. A gente tá de olho!

A relação entre Brasil e EUA, gente, tá tensa! E piorou bastante no fim de semana. Na sexta (18), o secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciou a revogação dos vistos americanos do ministro Alexandre de Moraes, do STF, além de “seus aliados e familiares”. Isso mesmo, uma verdadeira bomba!

Além de Moraes, os ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, também foram atingidos pela medida. Uau!

Tudo isso começou depois que o governo Trump impôs uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e abriu uma investigação por “práticas comerciais desleais”. Deu ruim, né?

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na segunda-feira (21), em entrevista à CBN, que o Brasil não vai se afastar da mesa de negociações. Segundo ele, a orientação do presidente Lula é manter o diálogo e buscar uma solução para evitar as sanções. Haddad também afirmou que o governo já está preparando um plano de contingência para os setores afetados pelo “tarifaço”.

Mas a situação lá fora também não tá fácil. A União Europeia sinalizou que um acordo com os EUA está bem distante. Diplomatas europeus contaram que os americanos apresentaram propostas completamente diferentes nas últimas rodadas de negociações, frustrando qualquer expectativa de avanço. Olha só a situação!

Essa semana, inclusive, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vai se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, para fortalecer as relações comerciais entre a UE e a China. Uma tentativa de buscar alternativas, né?

**Resumo dos impactos no mercado:**

**Dólar:**

* Acumulado na semana: -0,41%
* Acumulado no mês: +2,41%
* Acumulado no ano: -9,96%

**Ibovespa:**

* Acumulado na semana: -0,58% (CORREÇÃO: o texto original continha um erro. Aqui, o dado correto é apresentado)
* Acumulado no mês: -3,38%
* Acumulado no ano: +11,54%

**Brasil x EUA: O que aconteceu?**

A treta entre Brasil e EUA continua abalando os mercados. A decisão de Rubio de revogar os vistos veio logo depois de uma operação da Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Moraes, por sua vez, proibiu Bolsonaro de usar redes sociais e determinou o uso de tornozeleira eletrônica. Bolsonaro responde por tentativa de golpe e a tornozeleira está relacionada à suspeita de obstrução das investigações.

Rubio, em publicação no X (antigo Twitter), disse que Trump deixaria claro que seu governo responsabilizaria estrangeiros “responsáveis pela censura de expressão protegida nos Estados Unidos”. Ele ainda acusou Moraes de uma “caça às bruxas política” que viola direitos dos brasileiros e se estende aos EUA.

A decisão esquentou ainda mais a relação entre os países, principalmente porque Trump já havia defendido Bolsonaro e atribuído ao julgamento do ex-presidente no STF parte da justificativa para as tarifas de 50% impostas aos produtos brasileiros.

**Negociações do “tarifaço”:**

Com o prazo final de 1º de agosto se aproximando, a UE vê poucas chances de acordo com os EUA para evitar o aumento das tarifas. Após a ameaça de Trump de elevar a tarifa de 10% para 30% sobre exportações europeias, a retaliação começou a ganhar força entre os países do bloco.

Diplomatas disseram à Reuters que os representantes americanos apresentaram propostas conflitantes nas reuniões em Washington, gerando frustração. Um diplomata resumiu: “Cada interlocutor parecia ter ideias diferentes. Ninguém sabe o que funcionaria com Trump”.

A UE estuda acionar o instrumento de “anti-coerção” contra os EUA e um pacote tarifário sobre 21 bilhões de euros em produtos americanos, atualmente suspenso até 6 de agosto, está em análise.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que o governo Trump prioriza a qualidade dos acordos comerciais e não se apressará apenas para cumprir prazos. O prazo de 1º de agosto para as tarifas, porém, permanece.

**E o Fed?**

Bessent também disse que o Federal Reserve precisa ser avaliado quanto à sua eficácia, criticando o “alarmismo sobre tarifas” por parte do Fed e a falta de impacto inflacionário até o momento. Ele se recusou a comentar sobre uma reportagem que dizia que ele aconselhou Trump a não demitir Powell, mas defendeu a reavaliação da instituição.

**China: Juros e megaprojeto:**

A China manteve suas taxas de juros inalteradas, como esperado. A taxa primária de um ano (LPR) continua em 3%, e a de cinco anos, em 3,5%. Apesar dos sinais de crescimento, a fraqueza da demanda interna e os riscos da guerra comercial ainda geram expectativa de corte de juros.

Pequim anunciou novas regras para o setor de aluguel residencial e o início das obras da futura maior usina hidrelétrica do mundo, no Planalto Tibetano, com custo estimado em US$ 170 bilhões. O projeto, o mais ambicioso da China desde a usina de Três Gargantas, foi visto como um estímulo econômico.

Fonte da Matéria: g1.globo.com