A decisão de Donald Trump de impor uma tarifa de 50% sobre frutas brasileiras, a partir de 1º de agosto, tá gerando um verdadeiro caos no setor. Olha só: cerca de 77 mil toneladas de mangas, açaí, uvas e outras frutas brasileiras, prontas para exportação para os Estados Unidos, correm o risco de apodrecer nos portos ou serem vendidas a preço de banana – bem abaixo do mercado, claro! Isso é um desastre!
A GloboNews fez um levantamento que mostra o tamanho do problema: 36,8 mil toneladas de manga, 18,8 mil toneladas de frutas processadas (principalmente açaí), 13,8 mil toneladas de uva e mais 7,6 mil toneladas de outras frutas estão paradas. A Abrafrutas (Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados) calcula que são quase 2,5 mil contêineres esperando uma solução diplomática. Dá pra ter uma ideia? Essa quantidade alimentaria, por um ano inteiro, cidades grandes como Salvador, Manaus e Recife! Se a gente transformasse tudo em suco, daria mais de 38,5 milhões de litros, suficiente para um copinho para mais de 192 milhões de pessoas! Me parece inacreditável, né?
Esse imbróglio comercial tá afetando principalmente os produtores do Vale do São Francisco, a maior região produtora de frutas do Brasil. E o pior: se a situação não se resolver, a crise vai se espalhar para as próximas safras, impactando investimentos, causando demissões e bagunçando toda a cadeia produtiva. A manga, principal fruta brasileira exportada in natura para os EUA, tá na pior. A janela de exportação, entre agosto e outubro, coincide justamente com a entrada em vigor da tarifa, complicando ainda mais as coisas.
O presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho, desabafa: “Não dá pra colocar essa manga toda no mercado interno, senão o preço despenca! A gente precisa de uma solução urgente, de bom senso, de flexibilidade! Precisa de um pensamento global, pra não termos que deixar a manga apodrecer no pé e causar um desemprego em massa!” Ele ainda completa, preocupado: “A gente tá inseguro. Não dá pra mandar essa manga pra Europa agora. O preço vai cair muito, e a logística é inviável”.
O segundo semestre, que costuma ser o período de maior faturamento para a fruticultura, pode virar um completo desastre. A CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos) alerta que o suco de laranja também está em risco. Na safra 2024/2025, foram exportadas 305 mil toneladas de suco para os EUA, gerando mais de US$ 1,3 bilhão em receita. Com o aumento de 533% na taxação, isso tudo tá ameaçado! A cadeia produtiva inteira tá em alerta, principalmente no início da nova safra.
O governo federal, por sua vez, tá aconselhando as empresas a tentarem negociar com os compradores americanos e está em tratativas com o governo dos EUA para, quem sabe, conseguir um adiamento da tarifa por pelo menos 90 dias. A situação é, no mínimo, preocupante.
Fonte da Matéria: g1.globo.com