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Correios suspendem R$ 2,75 bilhões em pagamentos: Crise financeira força adiamento de dívidas

A situação financeira dos Correios tá crítica! A empresa anunciou o adiamento de pagamentos que chegam a inacreditáveis R$ 2,75 bilhões. A medida, segundo documento interno obtido pelo g1, visa garantir a sobrevivência da estatal, que acumula 11 trimestres seguidos no vermelho. Isso mesmo, onze! A gente já sabia que a coisa tava feia pelas notas explicativas, mas agora a gente tem o valor total do rombo. Olha só o tamanho do problema!

O documento oficial fala em “preservar a liquidez e reequilibrar a estrutura do fluxo de caixa”. Traduzindo: eles estão segurando o rojão pra não explodir tudo de uma vez. A prioridade, segundo os Correios, é a continuidade das operações. Me parece que eles estão jogando para escanteio a solução definitiva, apostando em uma solução paliativa.

A lista de credores afetados é extensa: INSS (R$ 741 milhões), fornecedores (R$ 652 milhões), Postal Saúde (R$ 363 milhões), Remessa Conforme (R$ 271 milhões), vale-alimentação/refeição (R$ 238 milhões), PIS/Cofins (R$ 208 milhões), Postalis (R$ 138 milhões) e franqueados (R$ 135 milhões). No total, um valor assustador! Mais de 50% dessa dívida acumula juros e multas por atraso, mas, segundo a empresa, não interrompe as operações diretamente. Ou seja, alguns pagamentos, tipo os impostos, estão em atraso, mas não paralisam a empresa.

A Receita Federal já identificou R$ 1,3 bilhão em tributos não pagos pelos Correios. E, pra piorar, empresas de transporte entraram com ações na Justiça Federal cobrando R$ 104 milhões. A situação tá feia, viu?

A esperança dos Correios tá na busca por novos recursos. Eles falam em captar R$ 1,8 bilhão, mas não detalharam se será por meio de empréstimos ou aportes do Tesouro Nacional. Em dezembro de 2024, eles já tinham conseguido R$ 550 milhões com os bancos Daycoval e ABC, mas essas dívidas precisam ser quitadas ainda em 2025. As parcelas começaram a vencer em julho e vão até dezembro. Ainda há a expectativa de um empréstimo de R$ 4,3 bilhões do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), ligado ao BRICS e presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff. Mas esse dinheiro tem destino certo: projetos de descarbonização e logística, não podendo ser usado para tapar o buraco no caixa.

A crise, segundo os Correios, é resultado de um cenário complicado: mudanças regulatórias que impactaram o comércio internacional, queda no volume de postagens, aumento da concorrência, principalmente após alterações nas regras de importação, e um histórico de subinvestimento. Tudo isso, aliado a uma estrutura de custos fixos que representa 88% das despesas, levou a empresa a esse prejuízo recorde.

Em maio de 2025, os Correios registraram um prejuízo de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre, o pior resultado desde 2017. Isso representa um aumento de 115% em relação ao mesmo período de 2024. Nove dos onze trimestres seguidos de prejuízo aconteceram sob a gestão de Fabiano Silva. Apesar de tudo, o relatório da empresa garante a continuidade das operações em 2025. Será? Acho que só o tempo dirá.

Fonte da Matéria: g1.globo.com