A investigação americana sobre o PIX, aberta a pedido de Donald Trump, pegou muita gente de surpresa. Mas, segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), a explicação é bem simples: falta de informação! Na real, a entidade declarou na sexta-feira (18), que a abertura da investigação pelo Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) se deve a uma compreensão incompleta sobre os objetivos e o funcionamento do sistema.
Olha só: o governo americano, no documento que iniciou a investigação, não cita o PIX nominalmente. Fala-se em “serviços de comércio digital e pagamento eletrônico”, incluindo os do governo. Aí, fica claro que o PIX, sendo o único sistema governamental com essa função, é o alvo em questão.
A Febraban tá confiante. A entidade acredita que as explicações do Banco Central do Brasil e dos bancos – inclusive os americanos – durante a audiência pública aberta pelo USTR vão esclarecer tudo. Afinal, segundo eles, o PIX não é um produto comercial, mas uma infraestrutura pública de pagamentos.
Tipo assim: é um sistema aberto, não-discriminatório, que promove a competição e o bom funcionamento do sistema financeiro. Bancos, fintechs, instituições nacionais e estrangeiras participam dele. Não existe restrição à entrada de novos players, desde que operem no mercado nacional e em reais. É um sistema local, entende?
A Febraban destaca que, apesar de gerido pelo Banco Central, o PIX foi construído com a colaboração de bancos e instituições financeiras. Ele está disponível para todos os residentes no Brasil, pessoas físicas e jurídicas, brasileiros e estrangeiros – basta ter uma conta em um banco, fintech ou instituição de pagamento. Para pessoas físicas, o PIX é gratuito. Para empresas, pode haver cobrança, sem distinção entre nacionais e estrangeiras.
Para a Febraban, os números falam por si. São mais de 168 milhões de usuários (quase toda a população adulta!), com mais de 70 milhões digitalizados pelo PIX. São R$ 2,5 trilhões movimentados mensalmente em cerca de 6,5 bilhões de transações. Incrível, né? Atualmente, já existem mais de 858 milhões de chaves PIX cadastradas.
Em resumo, para pessoas físicas, o PIX facilita a inclusão financeira, reduzindo custos e ampliando o acesso aos serviços financeiros. Para empresas, ele melhora a eficiência, principalmente em transações de baixo valor. Me parece que a investigação americana se baseou em informações incompletas, e a Febraban está otimista quanto ao esclarecimento da situação.
Fonte da Matéria: g1.globo.com