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Trump impõe tarifas a produtos brasileiros, apesar de déficit comercial americano crônico

Olha só, a coisa tá feia! Nesta quarta-feira (9), Donald Trump, o então presidente dos EUA, anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto. A decisão, que pegou muita gente de surpresa, veio acompanhada de uma carta para o presidente Lula, onde Trump acusa o Brasil de ter uma balança comercial “injusta”. Na real, os números contam outra história.

Desde 1997, o Brasil acumula um déficit comercial de US$ 49,9 bilhões com os EUA. Mas, sabe o que é mais curioso? Desde 2009, a gente importa mais dos EUA do que exporta para lá! Isso mesmo, um déficit comercial contínuo nos últimos 16 anos, chegando a US$ 90,2 bilhões até junho de 2025. Em outras palavras: os americanos vendem muito mais para o Brasil do que compram da gente.

A justificativa de Trump? Uma investigação sobre supostas práticas comerciais desleais e injustas do Brasil. Mas especialistas, tanto aqui quanto lá fora, consideram a decisão mais uma jogada político-ideológica. Afinal, as entidades do setor industrial e agropecuário brasileiro já se manifestaram, preocupadas com o impacto negativo no emprego.

Em 2024, a diferença entre importações e exportações chegou a ser pequena, com um déficit de apenas US$ 253 milhões. Mas em 2025, o desequilíbrio voltou com força: o Brasil importou US$ 1,67 bilhão a mais do que exportou. Me parece que a alegação de Trump não se sustenta nos dados.

A carta de Trump a Lula não se limitou à questão comercial. Ele citou Jair Bolsonaro, chamando o julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF) de “vergonha internacional”. Sem apresentar provas, acusou o Brasil de “ataques insidiosos contra eleições livres e violação da liberdade de expressão dos americanos”. Uma tremenda acusação!

Lula, por sua vez, respondeu com firmeza, afirmando que o Brasil “não aceitará ser tutelado por ninguém” e que a medida unilateral americana será enfrentada com base na Lei da Reciprocidade Econômica. Ele ainda ressaltou que o processo judicial contra os envolvidos nos atos golpistas é de competência exclusiva da Justiça brasileira. “Não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais”, declarou o presidente. Acho que essa resposta deixou bem claro a posição do Brasil. A situação é tensa e promete desdobramentos.

Fonte da Matéria: g1.globo.com