Olha só que incrível! Ednardo, aos 80 anos, lança “Ednardo – Papel, pele & pulso”, um livro de arte que é, na real, uma verdadeira imersão na trajetória desse gigante da música nordestina. A publicação, coordenada editorialmente por Luã Diógenes, merece, no mínimo, 3 estrelas e meia.
Sabe? Entre os artistas nordestinos que migraram para o eixo Rio-São Paulo nos anos 70, Ednardo – José Ednardo Soares Costa Sousa, para os íntimos – é um caso à parte. Um artista fascinante, talvez menos conhecido do grande público do que merece. Nascido em Fortaleza (CE) em 17 de abril de 1945, ele explodiu no cenário musical como parte do Pessoal do Ceará. Mas foi a partir de 1974, com o lançamento de seu primeiro álbum solo, “O romance do pavão mysteriozo”, que sua assinatura única na música brasileira se consolidou.
Esse livro, gente, não é uma biografia tradicional, não. É muito mais que isso! É um mosaico! Um conjunto de crônicas, poemas, memórias e, acredite, pinturas eróticas! Tudo criado pelo próprio Ednardo. A edição, em formato de livro de arte com capa dura, é um primor. As imagens coloridas são deslumbrantes!
Através desse material riquíssimo, Ednardo nos leva numa viagem pelo tempo, da infância aos dias atuais, dos anos 2020. Inclusive, há trabalhos recentes, como a pintura “Flor do cactus”, de 2024. O livro também inclui reproduções de reportagens de jornais e revistas, mostrando a repercussão de sua carreira. E, para fechar com chave de ouro, a discografia completa do artista, incluindo seu mais recente lançamento: o single “Ícaro do teu sol” (2024), uma parceria com Ricardo Bacelar e Amelinha.
Apesar de estar um pouco longe dos holofotes, a obra de Ednardo continua vibrante, pulsante. “Ednardo – Papel, pele & pulso” é uma prova disso. Um livro imperdível para quem aprecia a arte genuína, a poesia crua e a história da música brasileira. Recomendo demais!
Fonte da Matéria: g1.globo.com
