O dólar e o Ibovespa passaram a quarta-feira (2) em uma montanha-russa. Na véspera, o dólar havia subido 0,51%, fechando a R$ 5,4610, enquanto a bolsa registrou alta de 0,50%, chegando aos 139.549 pontos. Mas, por volta das 10h desta quarta, a situação era outra: leve alta de 0,03% para o dólar (R$ 5,4626) e queda tímida de 0,03% para o Ibovespa (139.541 pontos). A explicação? A expectativa em relação à votação do polêmico pacote de cortes de impostos de Donald Trump na Câmara dos Deputados americana.
Sabe? Esse “megapacote”, com suas quase mil páginas, já havia sido aprovado no Senado. Ele prevê reduções de impostos e um aumento significativo nos gastos públicos, o que, na real, deve inflar a dívida pública americana em US$ 3,3 trilhões na próxima década. Isso, claro, aumenta a insegurança dos investidores em relação à maior economia do mundo.
Além do pacote de Trump, os mercados estão de olho no “tarifaço”. A trégua de 90 dias para as tarifas impostas pelos EUA está acabando e, olha só, só foram fechados dois acordos até agora. A expectativa é tensa, pois a volta das tarifas pode impactar preços e custos de produção globalmente.
No Brasil, a situação também não tá fácil. A derrubada do projeto que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) pelo Congresso deixou o mercado apreensivo. A queda na arrecadação, estimada em R$ 10 bilhões ainda em 2024, segundo o governo, deve forçar novos cortes orçamentários. E isso, meus amigos, ninguém quer ver.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já declarou que o governo precisa do aumento do IOF para equilibrar as contas em 2026 e que pretende discutir o tema com o Congresso. Ele também mencionou a necessidade de aprovar a MP que tributa apostas eletrônicas, criptoativos e fintechs, além de cortes em benefícios fiscais, para ajustar as contas públicas. Enquanto isso, os investidores aguardam ansiosamente por alguma sinalização.
Para completar o cenário de incertezas, temos a divulgação de indicadores econômicos importantes, tanto no Brasil quanto nos EUA. Aqui, a produção industrial de maio caiu pelo segundo mês seguido, sinalizando um arrefecimento da atividade econômica. Nos EUA, o relatório ADP mostrou um inesperado corte de vagas de emprego em junho.
Resumindo: Um cenário global incerto, com o pacote de Trump como protagonista, e um cenário doméstico marcado por incertezas fiscais, explicam a volatilidade do dólar e do Ibovespa. A semana promete ser agitada!
**Números da semana:**
* **Dólar:**
* Acumulado da semana: -0,41%
* Acumulado do mês: +0,51%
* Acumulado do ano: -11,63%
* **Ibovespa:**
* Acumulado da semana: -0,58%
* Acumulado do mês: +1,96%
* Acumulado do ano: +16,02%
*Com informações da agência de notícias Reuters.*
Fonte da Matéria: g1.globo.com
