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Câmara dos EUA vota hoje megapacote de Trump: cortes em saúde e impostos, aumento de verba militar e anti-imigração

A Câmara dos Deputados dos EUA vota hoje, quarta-feira (2), o polêmico pacote orçamentário proposto por Donald Trump. Aprovado ontem no Senado em uma votação apertada, o “One Big Beautiful Bill”, como foi apelidado, promete mexer com o bolso de todo mundo – e gerar uma baita discussão. Olha só os principais pontos: redução de impostos, aumento de gastos militares e com medidas anti-imigração, e, acredite, cortes brutais em programas sociais, principalmente na área da saúde e alimentação.

A coisa tá feia, viu? Segundo o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO), o projeto vai adicionar cerca de US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões!) à dívida pública americana. Isso é um absurdo! Se passar na Câmara, o projeto vai direto para a caneta do Trump, que quer sancioná-lo até sexta-feira (4), dia da Independência. O presidente da Câmara, Mike Johnson, já disse que vai correr contra o tempo pra isso.

Mas vamos aos detalhes, né? A proposta, na real, estende os cortes de impostos que Trump fez lá em 2017 e inclui novas isenções – tipo para gorjetas e horas extras – e até a revogação de incentivos à energia limpa criados na gestão Biden.

**Impostos: um verdadeiro quebra-cabeça**

O projeto prevê uma redução de impostos de cerca de US$ 4 trilhões, mantendo boa parte dos cortes de 2017. Entre as mudanças, estão alíquotas menores de IR, isenção temporária de impostos sobre gorjetas e horas extras, isenção de impostos sobre benefícios da Previdência Social para quem tem mais de 65 anos e redução de impostos para empresas. Mas nem tudo são flores. O texto também quer aumentar os impostos sobre rendimentos de fundos universitários, impedir que imigrantes sem green card recebam créditos para planos de saúde e endurecer as regras do crédito infantil – impactando cerca de 2 milhões de crianças.

**Saúde: um golpe nos mais vulneráveis?**

Me parece que a área da saúde vai levar um golpe duro. O projeto endurece as regras do Medicaid, programa que garante acesso à saúde para famílias de baixa renda. O The New York Times informou que, segundo o projeto, adultos sem filhos e sem deficiência teriam que trabalhar 80 horas por mês para ter direito ao benefício. Além disso, o texto facilita que os estados cancelem a cobertura de beneficiários, exigindo mais burocracia e eliminando quem não responder. O Obamacare também não escapa. Mudanças nas regras podem economizar US$ 100 bilhões para o governo, mas milhares de pessoas podem perder o seguro saúde.

**Energia limpa: um retrocesso?**

O projeto também quer acabar com os principais créditos fiscais da Lei de Redução da Inflação para energia limpa, aprovada no governo Biden, que geraram US$ 841 bilhões em investimentos. O crédito de US$ 7,5 mil para carros elétricos também iria por água abaixo até o final de 2025. Segundo o The New York Times, incentivos para fontes como energia solar, eólica e geotérmica seriam extintos, com poucas exceções.

**Alimentação e educação: mais cortes**

O Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP), que atende cerca de 42 milhões de pessoas, também sofreria cortes. O CBO estima que 3 milhões perderiam o benefício. Na educação, o projeto prevê uma redução de US$ 330 bilhões em empréstimos estudantis nos próximos 10 anos, além de cortes em programas de pagamento e limites em empréstimos para pós-graduação.

**Militares e imigração: gastos em alta**

Por outro lado, o projeto reserva US$ 150 bilhões para defesa, incluindo investimentos em construção naval e no sistema de defesa espacial “Golden Dome”. Já para a área anti-imigração, o valor é de US$ 175 bilhões, para fortalecer a fronteira sul, aumentar o patrulhamento e construir novas instalações.

**Votação tensa**

Mesmo com o controle republicano no Senado, a votação foi tensa, terminando em 51 a 50, com o voto de desempate do vice-presidente J.D. Vance. Três republicanos votaram contra: Thom Tillis (Carolina do Norte), Susan Collins (Maine) e Rand Paul (Kentucky).

**Impactos**

O projeto, se aprovado, tornaria permanentes cortes de impostos aprovados em 2017, e incluiria promessas de campanha de 2024, como isenção de impostos sobre gorjetas, horas extras e alguns financiamentos de veículos. Analistas afirmam que o aumento da dívida seria uma transferência de riqueza dos jovens para os mais velhos, afetando o crescimento econômico e aumentando os custos de empréstimos. O CBO estima que o limite de endividamento dos EUA aumentaria em US$ 5 trilhões, adiando um possível calote na dívida. *Com informações das agências de notícias Reuters e AP.*

Fonte da Matéria: g1.globo.com