O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta terça-feira (1º) que o governo recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reaver o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), derrubado pelo Congresso. Mas calma, não se trata de uma briga, segundo ele. A AGU (Advocacia-Geral da União) entrou com uma ação de constitucionalidade no STF mais cedo, após a Câmara e o Senado rejeitarem os decretos presidenciais que previam a alta do IOF.
“Olha só, a gente não tá querendo peitar o Congresso, não! A ideia é preservar as atribuições do Executivo, sabe?”, explicou Guimarães a jornalistas, ao lado de outros líderes da base aliada na Câmara. Ele contou que avisou previamente o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre a decisão do governo. “Conversei com o presidente Motta ontem e deixei tudo claro antes da oficialização. A gente precisa de transparência, mesmo em momentos de tensão”, ressaltou. Guimarães disse que Motta recebeu a notícia com tranquilidade e não fez objeções.
A meta, segundo o deputado, é superar esse impasse com o Congresso para que os projetos do governo possam seguir tramitando normalmente. “Nossa intenção é dialogar com os presidentes da Câmara e do Senado. Na política, tudo se resolve com paciência, diálogo e bom senso. Claro que rolou uma crise, a imprensa já tá cansada de saber disso, mas nosso papel é buscar um acordo”, ponderou.
Guimarães rebateu as críticas de Motta, feitas nas redes sociais, de que o governo estaria tentando criar um clima de confronto entre o Executivo e o Legislativo. “Não estamos tentando colocar o país contra o Congresso. Não vamos fazer nenhum movimento nesse sentido”, garantiu. Em resumo, o governo busca uma solução jurídica para a questão do IOF, mas afirma que a prioridade é manter o diálogo com o Legislativo.
Fonte da Matéria: g1.globo.com
