Olha só! A jovem primeira-ministra tailandesa, Paetongtarn Shinawatra, de apenas 38 anos, foi afastada do cargo nesta terça-feira, 1º de julho. A decisão, tomada pela Corte Constitucional do país, veio após o vazamento de uma conversa telefônica dela com o ex-primeiro-ministro cambojano, Hun Sen. Na real, a situação tá bem complicada!
Paetongtarn, que pertence a uma dinastia política que governa a Tailândia há três gerações, acabou se metendo numa fria. Durante a conversa sobre uma disputa territorial entre a Tailândia e o Camboja, ela fez críticas a um general respeitado das Forças Armadas tailandesas. E, segundo a Corte, usou um tom considerado “reverente” demais com Hun Sen, um antigo aliado da família Shinawatra. Isso não tá certo, né?
Hun Sen, meu Deus, vazou a ligação, o que gerou uma enxurrada de protestos em várias cidades tailandesas. A população acusou Paetongtarn de traição e exigiu sua renúncia. Senadores também afirmaram que ela violou os “padrões éticos” constitucionais para o cargo.
Com sete votos a dois, os juízes decidiram pela suspensão da primeira-ministra. A situação dela agora tá indefinida, com a Corte podendo levar semanas ou até meses para tomar uma decisão final. Enquanto isso, o vice-primeiro-ministro Suriya Jungrungreangkit assume o cargo interinamente.
“Eu aceito a decisão da Corte”, declarou Paetongtarn, calmamente. “Quero reafirmar que sempre trabalhei pelo melhor para meu país. Peço desculpas aos tailandeses que estão decepcionados”. Ufa! Que responsabilidade, hein?
A Tailândia, a segunda maior economia do Sudeste Asiático, vive sucessivas crises políticas desde os anos 2000. Essa crise atual, porém, acontece em meio a uma ofensiva tarifária dos EUA, deixando o governo em uma situação ainda mais difícil.
A China, por sua vez, se manifestou por meio de sua porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning: “Como vizinho amigo, esperamos que a Tailândia mantenha sua estabilidade e desenvolvimento”. Diplomacia pura!
As próximas semanas serão cruciais para o clã Shinawatra, que enfrenta uma verdadeira batalha pela sua sobrevivência política. Afinal, tribunais tailandeses já condenaram membros influentes da família e dissolveram partidos afiliados no passado. A situação tá tensa!
Para piorar, no mesmo dia, começou o julgamento por lesa-majestade contra o patriarca Thaksin Shinawatra, pai de Paetongtarn. Ele é acusado de insultar o rei e sua família numa entrevista de 2015. A lei de lesa-majestade na Tailândia é duríssima, com pena de até 15 anos de prisão. Imagina a pressão!
O analista político Thitinan Pongsudhirak acredita que existe uma ligação clara entre os dois casos, e que a influência da família Shinawatra está passando por um momento de “diluição crítica”.
Paetongtarn, a terceira integrante da família a ocupar o cargo de primeira-ministra (após seu pai e sua tia Yingluck), já estava em uma situação complicada desde que seu principal aliado político a abandonou em junho. A conversa vazada com Hun Sen só piorou tudo. Ela comparou um general tailandês a um “opositor” e adotou um tom considerado muito reverente com o ex-primeiro-ministro cambojano. Seus adversários a criticaram pela falta de firmeza e experiência.
No ano passado, a Corte já havia destituído o antecessor de Paetongtarn, Srettha Thavisin, baseado no mesmo artigo sobre integridade. Naquela ocasião, as deliberações duraram mais de 80 dias. Dá pra ter uma ideia do que vem por aí…
Um representante do principal partido de oposição, Move Forward, pediu novas eleições. “Paetongtarn perdeu sua autoridade moral”, disse Rangsiman Rome à AFP. “Dissolver a Assembleia é a solução”. Eita!
Enquanto isso, o julgamento de Thaksin, acusado de lesa-majestade, segue seu curso. O ex-primeiro-ministro nega as acusações. A justiça tailandesa é conhecida pela severidade na aplicação dessa lei, frequentemente criticada por grupos de direitos humanos por seu uso político. No tribunal, apoiadores de Thaksin, conhecidos como “vermelhos”, foram mostrar seu apoio. A situação é, no mínimo, complexa e cheia de nuances.
Fonte da Matéria: g1.globo.com