Na noite da última terça-feira (12), rolou um encontro pra lá de importante entre o presidente Lula (PT) e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). A conversa, segundo fontes próximas a Lula, teve como objetivo principal selar a paz entre os poderes Executivo e Legislativo. E sabe o que Lula deixou bem claro pra Motta? Que o governo não quer, de jeito nenhum, ver a Câmara fragilizada.
Segundo relatos de ministros, Lula reforçou o apoio a Motta, mesmo depois daquela saia justa por causa da derrubada do decreto que mexia no IOF. “Lula afirmou que não interessa ao governo um presidente da Câmara fraco”, contou um ministro. Ufa! Pelo visto, a crise tá superada.
Mas a conversa não ficou só nas declarações de apoio, não. Teve também um bate-papo sincero sobre a relação entre os dois poderes. Motta, eleito com apoio de uma galera bem diversa – da esquerda à direita, como ele mesmo disse a Lula – explicou que precisa equilibrar as coisas, negociar e atender a todo mundo. Afinal, não é fácil ser presidente da Câmara, né?
A gente sabe que o episódio do IOF gerou bastante tensão. Mas, segundo o governo, no fim das contas, eles saíram ganhando, já que o Supremo Tribunal Federal (STF) acabou reestabelecendo parte do decreto.
Além daquela conversa franca, Lula e Motta também discutiram a agenda da Câmara para o segundo semestre. E o presidente fez questão de priorizar dois projetos: a ampliação da isenção do imposto de renda para R$ 5 mil, e a MP que aumenta a tarifa social de energia, com isenção para famílias do Cadastro Único que consomem até 80 kWh por mês.
O encontro, aliás, serviu também de palco para a apresentação do pacote de auxílio às empresas brasileiras afetadas pelas novas tarifas impostas pelo governo americano às exportações. Essa MP precisa ser aprovada no Senado e na Câmara para valer por mais de 120 dias. Ah, e falando em encontros, na terça-feira Lula também almoçou com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Parece que o presidente tá investindo pesado na aproximação com o Congresso, hein?
Fonte da Matéria: g1.globo.com
